Aquele momento da vida em que você vai começar a pensar o que faz mal a sociedade moderna, vai pensar sobre a política e as instituições religiosas e seus malefícios que podem causar ao longo de tantos e tantos séculos. Vai teorizar sobre instituições que pode prejudicar a sociedade de uma forma ou de outra.
E essa inquietude interminável vai se estender aos seus pensamentos durante horas, dias... anos. Você é um eterno indignado de alguma coisa, um eterno lutador de todas as coisas que lhe parecem injustas. É um paladino do que é correto. Vai definir seus ideais e o jeito certo de lhe dar com o mundo, e depois vai dizer que tem o direito de pensar assim, de ser assim, de querer coisas assim.
Afinal não se deve ferir a liberdade de ninguém, não se deve tirar o direito de expressão das pessoas, não é certo, não pode ser assim.
Se você é contra o aborto ou contra a morte das baleias, ou se prefere toddyninho do que nescau, essa é a verdade absoluta segundo seu pensamento e é assim que o mundo deve ser segundo o seu pensamento.
E assim a vida continua sendo contra ou a favor de algo... mas esquece de algo... política, a religião, a sociedade é feita de indivíduos, e se o indivíduo está preocupado demais com o "coletivo" pra cuidar daquilo que ele próprio é, então não há muito o que esperar...
Há uma frase bíblica que diz: "Vigiai e orai"
Eu como ateu minha interpretação sobre tal frase é a seguinte: "Vigiai" é para si mesmo, seus atos e palavras e seu bom senso. E "orai" é sua meditação e amadurecimento sobre aquilo que vigiou em si mesmo.
Gabriel Laurentino