Me vem uma lembrança que se contradiz com o próprio tempo.
Uma lembrança vaga que me perturba e me deixa desatento.
E um louco, feliz e triste, escreve ao relento, palavras as quais se perderiam no tempo. Portanto, escrevo lento,
porque tento escrever em papel e lápis o que seria o meu lamento.
Não me queixo, não te culpo por tal sofrimento,
até porque o que seria de um poeta - o oprimido - cujo acalento, é escrever palavras sórdidas feito espumas ao vento.
Em um caderno de matéria, que não é meu, escrevo.
Escrevo sem temer. Com essa letra em itálico, com o lápis no papel
tento ainda ser feliz, que nem criança no carrocel.
Sou metido a escritor, sou metido a poeta, metido a qualquer coisa. Metido.
E por fim eu quero te dizer que, teu passado não me importa, porque o ultimo a sair,
Fecha luz e apaga a porta.
Arthur Carneiro
12/12/2012
Mais ou menos 3 horas da madrugada