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Mal educada.
Mal educada.

Mal educada.

Que nem um policial dos anos 60
entraste chutando a porta
quebrando as vidraças
pondo fogo em tudo o que havia construido em meu peito.
Comestes dos meus sentimentos
bebeste dos sonhos
e se banhou em minhas memorias.
indelicada, sem ao menos secar os cabelos
descançou a cabeça em meu coração.

E agora depois de tudo
se levantou sem pedir licença
saiu sem dar tchau. 

 

-Arthur Carneiro